domingo, 21 de fevereiro de 2016

Autismo, um amor,ao menos entre três!

Temos, antes de falar e trabalhar nossa forma que, aprendemos a cada dia, a acolher e empoderar as pessoas com Transtorno  do Espectro do Autismo -TEA e suas famílias, no ciclo de palestras deste blog estamos, agora, refletindo sobre a qualidade de vida em família.
Neste sentido cabe relembrar que estivemos pensando sobre as mães  das pessoas com TEA. Onde vimos que estas são mais machucadas ora pela demanda sua demanda subjetiva, social e fé tudo acometendo demandas biopsicossocioespirituais quase sempre  necessárias de acolhimento. E por isso, falamos da necessidade  de empoderamento delas primeiro, a partir do resgate dos sonhos, projetos e desejos adiados a partir  do surgimento  do TEA.
Basicamente estamos ainda tratando da qualidade de vida delas e, para isso, estamos  conclamando a família, a partir dos companheiros/as dessas mães. E neste sentido, pensamos  que na demanda do TEA, faz-se necessário ao menos um terceiro no contexto. Não necessariamente um pai, porém, ideal que seja ao menos quem assuma a função paterna, mas sabemos, que esse papel não  é  prerrogativa masculina. Como a maternagem não  é  exclusividade  das mulheres, sao funções socioculturais  adaptadas  a cada momento da história. Quero dizer que a cada contextos, quem assume tais funções pode e deve  ser trabalhado quanto a sua atuação.
Mas algo  básico é  ter noção  que as mulheres, ou quem assume a função  materna, parece que atua baseda no afeto e isso  é  excelente, todavia, no cotidiano atual, geralmente quem assume tal papel pouco  tempo tem para refletir sobre sua atuação e, assim, faz-se indispensável um terceiro que a ajude  a se separar do filhote  para que este saiba que ele mesmo exista.
Quero dizer que para que em determinados contextos se percebe que uma mãe suficiente boa é  aquela que aprende a equilibrar sua ação de cuidar e favorecer autonomia ao filho. Todavia, o atual contexto onde as demandas socioeconômicas levam a mulheres ao mercado de trabalho, serve para refletir sobre  uma geração jogada a si mesma. No caso da Pessoa com TEA, facilmente , o inverso pode acontecer, ou ainda, o misto disto, porém  tudo, contamina e distorce a percepção  do atuar adequadamente na maternagem, trazendo diversas formas de sentimentos a quem a assume, quase sempre, com misto ou exclusivo sofrimento.
Na percepção  do filho com TEA, de acordo  com cada contexto, contribui para ele mais e mais ser atado ou até  dependente  de quem atua na  maternagem dele. Há teóricos e profissionais  que falam em simbiose. Ou seja, o filho que não diferencia de sua mãe. Então, uma longa  caminhada  para trazer contextos  mais libertarios  dessas pessoas em tais forma de maternagem.
Nesse libertação a pessoa que atua na função  paterna tem sua importância em apresentar  a sociedade para o filho. Ou seja, ao amorosamente apresentar ao filho a existência  de um outro desejante. Quem atua na função  paterna, apresenta  ao filho  existência deste para  além  da pessoa da maternagem.  Em suma,  regula  o desejo da criança ou da pessoa com TEA e assim o força a buscar realizar seus desejos, abertura para educar e socializar.
Todavia, esse é  um trabalho  fundamental no contexto  de família  com pessoa com TEA. Existir traz a independência da pessoa a caminho da autonomia. Esse processo, creio que a todas as pessoas com TEA, em diversos graus. Cada um precisará ser trabalhado.
Então, libertando a pessoa com TEA, tem-se de volta para a pessoa que quem assume a função  paterna, o amor  idealizado e a continuidade  dos sonhos  do casal  adiados  com o surgimento do TEA, ou a adaptação deles com o novo contexto, agora a três.
Emfim, nesta quarta palestra é  esse contexto  que iremos  refletir e contribuir para a dignidade  da pessoa  com TEA, qualidade  de vida das mulheres e amor aos homens que se dispensam a pensar sobre si como pai e melhorar sua paternagem. Portanto, semear uma cultura de paz, através  da diversidade dos núcleos familiares.

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