quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Biopsicossocioespiritual, que significa essa neologismo?


Há uma teoria chamada Gestalt. Dela vejo-nos em um sistema dialético dinâmico em  fechamentos. Explico, uma Gestalt aberta são elementos, como em quebra cabeça à espera da peça elucidante. 

Como sou tendencioso a marxismo, uso da dialética, onde uma tese dinamicamente se relaciona com a antítese para surgir uma síntese perenemente.

Então essa dinâmica faz de diversas Gestalt nossas relações com tudo e todos. Todavia, basilar para meu neologismo, biopsicossocioespiritual: na qual a psicanálise é indispensável. Sei que os céticos dirão que loucura juntar teses provavelmente incompatíveis, porém não esqueçamos da dialética, pela qual uno a Gestalt à psicanálise.

Enfim, depois dessa introdução poderemos aprofundar sobre essas quatro dimensões do biopsicossocioespiritual. Mas nunca esquecendo que ela é uma e que tudo conspira para o que estamos, pois nada somos. Estas verdades são basilares.

Os nossos pais desenham vida, mas para nós, ela só começa quando nos rebelamos com nossos desejos. Então, se formos sábios, perceberemos que nada somos e sim estamos em desenvolvimento.

Isto é salutar na minha percepção da dimensão biopsicossocioespiritual. Pois para a entender e dela aprender a evoluir em nossa condição humana, as quatro variáveis dialetizam entre si para surgir novas Gestalt. 

Se não favorecermos esta dialética, jogaremos seus resíduos no inconsciente onde restam as frustrações que teimam em nos assaltar nas mais distintas situações no social. Sentiremos mal na alma e entristeceremos o espírito que vive e interage em nos.

Todavia, quando tomamos consciência de que não somos o que geralmente nossos pais gostaria que fossemos - na forma deles se eternizarem - descobrirmos que estamos em desenvolvimento perene, assim começa a jornada evolutiva, de uma minoria e a morte da maioria, lamentavelmente, pois muitos morrem e não se libertaram.

Entretanto, no caso do autista, ele já nasce em liberdade, eles não são os filhos que queremos. Mas se aprendemos que eles não são nossa propriedade porque nascem com seus mundos desenhados e não por nossos projetos. Na realidade, o nosso mundo é biopsicossocioespiritualmente e é por eles vivido integral e intensamente e como nós vivemos dispersos atados a eles não os entendemos.

Então é tempo de nós deixarmos de chamá-los de nossos e, apenas denominá-los filhos. Pois o atípico denuncia a virtude nossa, não só nos lembra que o diferente é nossa maior virtude - sobretudo porque essa é a nossa porta de liberdade que não enxergamos desde nossa puberdade - e sim precisamos evoluir a viver como eles, biopsicossocioespiritualmente.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

A MORTE PEDE CARONA: ADULTOCENTRISMO E INFANTICÍDIO, NÃO SÓ SOFRIDOS PELAS PESSOAS NO TRAÇO AUTÍSTICO

Repensando sobre tudo que contribuem para a despersonificação de cada ser, penso que a partir da impossibilidade de alguns entre os ad...