Temos, antes de falar e trabalhar nossa forma que, aprendemos a cada dia, a acolher e empoderar as pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo -TEA e suas famílias, no ciclo de palestras deste blog estamos, agora, refletindo sobre a qualidade de vida em família.
Neste sentido cabe relembrar que estivemos pensando sobre as mães das pessoas com TEA. Onde vimos que estas são mais machucadas ora pela demanda sua demanda subjetiva, social e fé tudo acometendo demandas biopsicossocioespirituais quase sempre necessárias de acolhimento. E por isso, falamos da necessidade de empoderamento delas primeiro, a partir do resgate dos sonhos, projetos e desejos adiados a partir do surgimento do TEA.
Basicamente estamos ainda tratando da qualidade de vida delas e, para isso, estamos conclamando a família, a partir dos companheiros/as dessas mães. E neste sentido, pensamos que na demanda do TEA, faz-se necessário ao menos um terceiro no contexto. Não necessariamente um pai, porém, ideal que seja ao menos quem assuma a função paterna, mas sabemos, que esse papel não é prerrogativa masculina. Como a maternagem não é exclusividade das mulheres, sao funções socioculturais adaptadas a cada momento da história. Quero dizer que a cada contextos, quem assume tais funções pode e deve ser trabalhado quanto a sua atuação.
Mas algo básico é ter noção que as mulheres, ou quem assume a função materna, parece que atua baseda no afeto e isso é excelente, todavia, no cotidiano atual, geralmente quem assume tal papel pouco tempo tem para refletir sobre sua atuação e, assim, faz-se indispensável um terceiro que a ajude a se separar do filhote para que este saiba que ele mesmo exista.
Quero dizer que para que em determinados contextos se percebe que uma mãe suficiente boa é aquela que aprende a equilibrar sua ação de cuidar e favorecer autonomia ao filho. Todavia, o atual contexto onde as demandas socioeconômicas levam a mulheres ao mercado de trabalho, serve para refletir sobre uma geração jogada a si mesma. No caso da Pessoa com TEA, facilmente , o inverso pode acontecer, ou ainda, o misto disto, porém tudo, contamina e distorce a percepção do atuar adequadamente na maternagem, trazendo diversas formas de sentimentos a quem a assume, quase sempre, com misto ou exclusivo sofrimento.
Na percepção do filho com TEA, de acordo com cada contexto, contribui para ele mais e mais ser atado ou até dependente de quem atua na maternagem dele. Há teóricos e profissionais que falam em simbiose. Ou seja, o filho que não diferencia de sua mãe. Então, uma longa caminhada para trazer contextos mais libertarios dessas pessoas em tais forma de maternagem.
Nesse libertação a pessoa que atua na função paterna tem sua importância em apresentar a sociedade para o filho. Ou seja, ao amorosamente apresentar ao filho a existência de um outro desejante. Quem atua na função paterna, apresenta ao filho existência deste para além da pessoa da maternagem. Em suma, regula o desejo da criança ou da pessoa com TEA e assim o força a buscar realizar seus desejos, abertura para educar e socializar.
Todavia, esse é um trabalho fundamental no contexto de família com pessoa com TEA. Existir traz a independência da pessoa a caminho da autonomia. Esse processo, creio que a todas as pessoas com TEA, em diversos graus. Cada um precisará ser trabalhado.
Então, libertando a pessoa com TEA, tem-se de volta para a pessoa que quem assume a função paterna, o amor idealizado e a continuidade dos sonhos do casal adiados com o surgimento do TEA, ou a adaptação deles com o novo contexto, agora a três.
Emfim, nesta quarta palestra é esse contexto que iremos refletir e contribuir para a dignidade da pessoa com TEA, qualidade de vida das mulheres e amor aos homens que se dispensam a pensar sobre si como pai e melhorar sua paternagem. Portanto, semear uma cultura de paz, através da diversidade dos núcleos familiares.
domingo, 21 de fevereiro de 2016
Autismo, um amor,ao menos entre três!
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