domingo, 3 de abril de 2016

PATERNAGEM ( DE TANTO AMAR) O SER ÚNICO QUE HÁ EM CADA UM!

De fato, o paternal é o ser mais evoluído de todos os tempos, pois humildemente é aquele que foi alvo de um suposto poder em si mesmo sobre os outros e a natureza,  abdica dessa mentira e assume que nada sabe e estar aberto, através do amor, a aprender a aprender,   tentando parafrasear Morin.
O homem que decide ser paterno, passa de genitor (o que gera), vai além do pai (que mantém socioeconomicamente) e chega à paternidade, que não contente em apenas dividir as demandas com a companheira, consciente exercitará o cuidar, a paternagem, que cuida pelo menos de duas pessoas: a mulher, que geralmente, mesmo que é de fato mais forte, é historicamente tolhida por tudo e todos; e pode cuidar do filho que de acordo com a criação executará o desejos de seus genitores. 
Mas Atualmente,é a mulher que sustenta imponente a logica dessa sociedade, basta ver quantas jornadas elas têm, hoje além de manter todas as demandas da casa, dos filho e do companheiro, tem que trabalhar, além de cuidar de si mesma; é neste contexto, mesmo que quase impossível, que se  pode desenvolver a paternagem, pois a sociedade está se destruindo e não sabemos qual seu destino sem o real amor.
Esse desenvolvimento vai de filhote macho,  ao evoluir do homem, genitor, pai, paterno e, enfim chegar à paternagem, o que carece de um auto conhecimento. Isso em ter consciência e assumir que igualmente a todo ser humano sofre, padece dor e precisa de cuidado. Todavia, muitos sabem disso mas não aceitam, outros sofrem e desconhecem e, muitos, agridem e nem percebem, por estarem sofrendo, assemelhando tal qual animal acuado ataca para se proteger. A maioria  vive na defensiva.
Aquele que se abre a paternagem se verá como ilhado, a princípio, pelo menos, devido a dor de conviver, ao se auto responsabilizar pela forma que nos tratam; pois ser humilde a partir do perdão e aprender a amar verdadeiramente como o outro é e não como nós desejamos, em suma, porque os três (genitores e o a pessoa no TEA), desenvolvem uma forma padecedora de lidar com as diferenças entre si, onde o TEA vira apenas um sintoma do adoecimento dos três, nisso com certeza, o filho no TEA é o mais, se não único sadio, deste contexto.
Por outro lado na paternagem, aceitando-se ilhado, poderá através da humildade, facilitar o diálogo baseado no perdão e para além precária forma de amar. Esse diálogo será o caminho de saída da defensiva, em se aceitar como errante, mas que era querendo acertar.
Neste processo havermos de perceber três variáveis antropologicamente construídas.
Uma, é aquela que, em um processo inconsciente ou não, a imagem do homem, é imagem da autoridade e este é alvo, direta ou indiretamente, de nossos rancores advinda deste poder por quase sempre ser atuado de forma arbitrária e impeditiva de prazer estremo. Lembremos que desde cedo, o menino tudo pode, enquanto ela quase nada, apenas ser alvo.
A outra variável é que diante de todas mulher lidamos com as frustrações de origens, também inconscientes, ora desamparos devido que ela nunca nos protegerá de tudo; sentimento de preterido, porque ela um dia busca prazer para além de nós etc., são diversos exemplos, mas quase todos as colocam com alvo de nossas dores.
E a maior, no meu ver, variável é a necessidade de sermos nós mesmos, psicologicamente, que temos que matar os pais idealizados (perfeitos) ( perfeição,  das variáveis anteriores por exemplo), isso é o parricídio e o um auto infanticídio, ou seja, matar os resquícios dos desejos de nossos pais em nós, caso contrário, sobretudo, no infanticídio, ficamos presos querendo agradecer ao desejos infindos dos outros, substitutos de nossos pais. Isso fica evidente em casos que nos surpreendemos quando vemos que nossas mulheres parecem ou são o extremo contrário de nossas mães e, no caso das mulheres os pais delas. Mas não é regra tem homens que são preso ao desejo do pai e mulheres ao da mãe. E até a ambos. Cada caso, em si com suas complexidades.
Enfim, busquei enfatizar o processo do como nasce o filho no filhote, para esse fazer nascer o homem, como ser consciente e humildemente na impotência da condição humana e não arrogante de não aceitar os pais como errantes. Caso não assumimos o parricídio achamos que eles são heróis e nós iguais, nos achamos prontos, o que impede nossa permanente evolução.

Mas se aceitarmos os limites deles, os nossos serão meios para buscarmos melhorias perenemente e caminhar para uma postura mais assertiva ante nossos sonhos, desejos e projetos baseados no no caminho que eles levam ou não, no amor se for de modo mais divino, o modo de viver. Pois, como mentem o amar é muita sacrificial, quando guiados pelos sonhos
 Mas, viver é a condição humana através de amar incondicionalmente e a todos em suas formas únicas de ser e estar em evolução. Amar é uma liberdade biopsicossocioespiritual.

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