
O homem que decide ser paterno,
passa de genitor (o que gera), vai além do pai (que mantém
socioeconomicamente) e chega à paternidade, que não contente em apenas dividir as demandas
com a companheira, consciente exercitará o cuidar, a paternagem, que cuida pelo
menos de duas pessoas: a mulher, que geralmente, mesmo que é de fato mais forte,
é historicamente tolhida por tudo e todos; e pode cuidar do filho que de acordo com a criação executará o desejos de seus genitores.
Mas Atualmente,é a mulher que sustenta imponente a logica dessa sociedade, basta ver quantas
jornadas elas têm, hoje além de manter todas as demandas da casa, dos filho e
do companheiro, tem que trabalhar, além de cuidar de si mesma; é neste
contexto, mesmo que quase impossível, que se pode desenvolver a paternagem, pois a sociedade está se destruindo e não sabemos qual seu destino sem o real amor.
Esse desenvolvimento vai de
filhote macho, ao evoluir do homem,
genitor, pai, paterno e, enfim chegar à paternagem, o que carece de um auto
conhecimento. Isso em ter consciência e assumir que igualmente a todo ser humano sofre,
padece dor e precisa de cuidado. Todavia, muitos sabem disso mas não aceitam,
outros sofrem e desconhecem e, muitos, agridem e nem percebem, por estarem
sofrendo, assemelhando tal qual animal acuado ataca para se proteger. A
maioria vive na defensiva.
Aquele que se abre a paternagem
se verá como ilhado, a princípio, pelo menos, devido a dor de conviver, ao se auto responsabilizar pela forma que nos tratam; pois ser humilde a partir do
perdão e aprender a amar verdadeiramente como o outro é e não como nós
desejamos, em suma, porque os três (genitores e o a pessoa no TEA),
desenvolvem uma forma padecedora de lidar com as diferenças entre si, onde o
TEA vira apenas um sintoma do adoecimento dos três, nisso com certeza, o filho
no TEA é o mais, se não único sadio, deste contexto.
Por outro lado na paternagem, aceitando-se ilhado, poderá
através da humildade, facilitar o diálogo baseado no perdão e para além
precária forma de amar. Esse diálogo será o caminho de saída da defensiva, em
se aceitar como errante, mas que era querendo acertar.
Neste processo havermos de
perceber três variáveis antropologicamente construídas.
Uma, é aquela que, em um processo
inconsciente ou não, a imagem do homem, é imagem da autoridade e este é alvo,
direta ou indiretamente, de nossos rancores advinda deste poder por quase
sempre ser atuado de forma arbitrária e impeditiva de prazer estremo. Lembremos
que desde cedo, o menino tudo pode, enquanto ela quase nada, apenas ser alvo.
A outra variável é que diante de
todas mulher lidamos com as frustrações de origens, também inconscientes, ora
desamparos devido que ela nunca nos protegerá de tudo; sentimento de preterido,
porque ela um dia busca prazer para além de nós etc., são diversos exemplos,
mas quase todos as colocam com alvo de nossas dores.

Enfim, busquei enfatizar o
processo do como nasce o filho no filhote, para esse fazer nascer o homem, como
ser consciente e humildemente na impotência da condição humana e não arrogante
de não aceitar os pais como errantes. Caso não assumimos o parricídio achamos
que eles são heróis e nós iguais, nos achamos prontos, o que impede nossa
permanente evolução.
Mas se aceitarmos os limites
deles, os nossos serão meios para buscarmos melhorias perenemente e caminhar
para uma postura mais assertiva ante nossos sonhos, desejos e projetos baseados
no no caminho que eles levam ou não, no amor se for de modo mais divino, o modo de viver. Pois, como mentem o amar é muita sacrificial, quando guiados pelos sonhos
Mas, viver é a condição humana através de amar incondicionalmente e a todos em
suas formas únicas de ser e estar em evolução. Amar é uma liberdade biopsicossocioespiritual.
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