
Pois considerando que “as estereótipos, (são) a formação de
impressões e a percepção de pessoas” vistas por terceiros, enquanto, “Em
contraste com os autoesquemas, que contêm as estruturas de conhecimento sobre o
próprio indivíduo”, denuncia, então, que
para nós, os comportamentos das pessoas no traço autista é estranhamente
vistos, para eles são as formas de adaptações a vida, que como a nós, a eles,
foi-lhes dada. E assim, incomum ou estranhamente eles se inserem no social,
onde não vejo, portanto, nada de anormal, muito menos adoecido, porque,
sobretudo, é uma forma de buscar inserção e não evitação social. Nós é que não
os entendemos, assim agimos como deficientes e construímos barreiras com nossos
medos e frustrações.

Porém, por sua
vez, estas necessidades podem nascer ou serem reforçadas socialmente, “Adolphs (2009) adverte que cognição social
também é sensível ao contexto, o que faz com que a interface entre cérebro e
cognição social seja modulada pelo contexto social e pelo autocontrole volitivo
( vontade)”. Quero, enfatizar então, o que dizem "os psicólogos sociais
evolucionistas defendem que processos similares à evolução genética operam na
transmissão da cultura”.
Então, “algumas dessas variantes culturais
são mais prováveis de serem aprendidas e lembradas, em geral aquelas
transmitidas por modelos mais proeminentes (pais, celebridades etc.)”.
Aqui, cabe-nos entender o que de fato se
baseia este texto quanto a aprendizagem social através da
imitação: “Nesse sentido, a transmissão da cultura se dá por meio de processos de imitação e aprendizagem social, por meio dos quais ocorre a seleção natural dos valores a serem transmitidos à outra geração" (Mesoudi, 2009).
imitação: “Nesse sentido, a transmissão da cultura se dá por meio de processos de imitação e aprendizagem social, por meio dos quais ocorre a seleção natural dos valores a serem transmitidos à outra geração" (Mesoudi, 2009).
Talvez, não tenhamos percebido que nossas
pessoas no traço autista imitam-nos em comportamentos anteriores aos que
chamamos erroneamente a esteriopias, que na realidade são expressões ora de
frustrações ante a necessidade não saciada e, em todos outros contextos,
expressões adaptativos a realidade que os invade pelos sentidos, sobretudo,
pela pele, como maior órgão vivo em nós. Em suma, tais comportamentos são
adaptativos.
Todavia, chorar, agredir, gritar em outras
formas de expressar as diversas frustrações podem ser aprendidas e reforçadas
por pessoas significativas que se rendem ao desejo da pessoa no traço autista,
quando estas agem destas formas. A problemática disso que reforçando birras ou
demais manias infatilizadas não favorecemos autonomia funcional, muito menos independência,
através da liberdade assistida.
Afinal quem não quer seus desejos realizados
e, quando não, agimos infantilmente? Basta lembrarmos de tantas ações
passionais de pessoas em grau acentuado de ciúmes, para ficar com esse exemplo
das diversas formas da violência infantilóide do mundo adultocentrico.
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