Este texto é o primeiro fruto
da pesquisa composta por quatro eixos de perguntas, biológicas,psíquicas, sociais e espirituais a fim de vislumbrar um visão do autismo que vivem nove (9) mães no convívio dos seus filhos.
Das quais faremos considerações para pensarmos o autismo empiricamente sem conceitos teóricos, porque, parecem-me que as teorias focam-se nas faltas. Em detrimento a isto, meu objetivo, não é só no que os autistas têm, mas que onde os pais devem focar: Nos avanços de cada filho, pois, preocupo-me com a precária qualidade de vida das mães e filhos, limitadas devido ao espectro.
Das quais faremos considerações para pensarmos o autismo empiricamente sem conceitos teóricos, porque, parecem-me que as teorias focam-se nas faltas. Em detrimento a isto, meu objetivo, não é só no que os autistas têm, mas que onde os pais devem focar: Nos avanços de cada filho, pois, preocupo-me com a precária qualidade de vida das mães e filhos, limitadas devido ao espectro.
Para tanto, iniciamos com as questões biológicas,onde ficam as marca das dores advindas das três dimensões do todo, biopsicossocioespitual, entretanto, destas marcas restam o mais importante, o
aprendizado, advindo do sofrimento e o surgimento de resiliências, ou seja, a adaptação ao incomum, aceitando a diversidade e
aprendendo com o preconceito negando as violências silenciosas da
discriminação.
É uma preocupação gerar filhos quando a idade dos genitores é avançada, sobretudo, quando as mulheres estão acima dos 40 anos. Nesta pesquisa, porém, isto não houve relevância ao
desenvolvimento do autismo, pois a média de idade foi de 30 e 34 anos de idade, respectivamente, mães e pais.
Idade dos Pais
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Mulher
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Homem
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23
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25
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22
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27
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27
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27
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27
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30
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30
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Cerca de 28
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32
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36
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35
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38
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35
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39
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35
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53.
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A saúde dos casais na época da concepção do filho também era boa. Apenas uma esposa teve que usar progesterona somada ao fato de sangramento durante
a gravidez; em outro casal o pai teve camidéia,
somada a ameaças de abortos e usos de medicamentos no fim da gestação; e o terceiro casal a mãe teve endometriose* e o pai varicocele. Todavia, não temos como vincular esses dados ao autismo.
A maioria das colaboradoras afirmaram perceber precocemente algo da
atípico nos filhos (1 ano e meio em média), porém a maioria dos diagnósticos foram tardios (acima dos 3 anos em média), somado ao despreparo dos profissionais desde o diagnóstico às intervenções que não não dialogam entre si, onde apenas uma delas sinalizou a interdisciplinaridade e, uma única neuropediatra foi responsável pelo diagnóstico. São fatores que provam quanto é
angustiante a vida dessas senhoras lidar solitárias com as demandas de seus filhos.
Sinais incomuns
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Diagnóstico idade
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2 meses
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1 ano
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6 meses
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2 anos
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9 meses
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2 e 3 meses
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9 meses
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2 e 8 meses
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1 ano e 8 meses
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5 anos
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2 ano
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6 anos
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Aos: 4;
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8 anos
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Tardio
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Um outro estressor para as mães é a demanda alimentar do recém- nascido, metade delas apontou certa dificuldade em alimentar os filhotes e curiosamente apenas uma mãe citou amamentação.
Quanto a qualidade do sono, que é reflexo de vida delas e dos filhos, três filhos tiveram dificuldades para dormir e destes dois
usaram remédio, mas evoluíram, atualmente, apenas um tem dificuldades, mesmo que três usam remédios para dormir. Mas precisam em sua maioria de estímulos, outros dormem e acordam cedo e um único se deixar dorme além da conta, Em informação posterior, uma das genitoras relata que seu filho tem se colocado altamente agressivo para não ir dormir.Talvez, o dormi a noite, quando o mundo está mais calmo, para o autista que tem hiper ou hipersensibilidades, é contraditório.
Conclusão Preliminar
Os dados me estimulam a enfatizar que as mães são as pessoas mais conhecedoras do autismo. Então tais conhecimentos devem ser valorizados, elas se favorecidas, melhor acolhidas ante sua prática, estimuladas a cuidarem de si poderão obter melhor qualidade de vida a si e ao autista.
Pois, os dados apontam
que desde cedo as mães internalizam responsabilidade de cuidar dos filhos a
partir dos complicadores do sono e da alimentação, onde inferimos que isto
somado ao tardio diagnóstico, ou seja, um lapso temporal de indagações, medos e
sofrimentos, justificam elas se negarem em nome do filho, aos poucos até a estes esquecem e vivem em função do autismo.
Sobretudo, porque, após o diagnóstico (que é incerto, como veremos) a família cai em um emaranhado de
teses, propostas e intervenções que não dialogam entre si, pelo contrário, parecem brigarem entre si; profissionais mais
interessados em enquadrar, como objetos de pesquisa, as pessoas as suas teorias de enorme foço de
desconhecimento; tanto que a pediatria que deveria ser protagonista neste processo, como
veremos, apenas uma neuropediatra chegou a dar o diagnóstico.
Na próxima sessão do biológico veremos que em tantos despreparos,
inclusive, possíveis violações éticas, ajudam a estas mães afundarem ainda mais
neste adoecer.
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