quinta-feira, 5 de novembro de 2015

REFLEXÃO 3 ( DO LIVRO O DESENVOLVIMENTO DO AUTISMO)


A inibição para Lacan é visto como um sintoma ( conteúdos vistos desde o comportamento incomum aos sinais rotulados pelos psicopatologistas) guardado museu, no qual me aventuro a afirmar que pode nos assustar pela idade verdadeira implicada na constituição do modo de ser individual, mas tão  avassaladora  que teima em aparecer com seu poder sedutor,alimentando-se do que tememos em  foro intimo, nos expondo a vexames, cada vez mais sutis mas de grande proporções.
 Porém  este teórico é da abordagem na qual coloca o sintoma como elo para a liberdade,portanto, não  atrela o sintoma a diagnóstico, muito menos a doença e, sim, a uma forma respeitosa a como a a pessoa  lida com sua vida,  para melhor viver, ante as demandas vistos nos desejos escondidos no sintoma. 
E esta é a única forma de desenvolvimento existencial do ser a vir a ser, quando se refere ao singelo de uma pessoa com o espectro autista,  isso fica  mais evidente.
O sintoma, para alguns serve de consolo precoce para se rotular de "doente" e, assim, mediar o sofrimento, negando que a dor não volta, cada vez mais bem camuflado e elaborado, por esconder  a maior falta de cada um. Todavia,  e  pior, também proíbe um acolhimento  humanizado, tanto da pessoa com o autismo, como sua família,  onde quase  sempre, a mãe  será  chamada a responsabilidade  do cuidado, mesmo sem saber do que demandar a atenção vigilante ou apenas ajudar a criança  em sua subjetiva  vida evidenciada a olha nu em seu corpo.
Essa é  a diferenciadora forma   de quem usa-se de sua evolução na inteligência emocional, vigiar ou apoiar a criança,  na forma que ela tem encontrando para ser único e explícito neste mundo. Porém, como vimos na obra O Desenvolvimento do Autismo, livro de Thomas Whitman e, na maioria de outros pesquisadores, como também alguns profissionais e pais de pessoas com o espectro buscam focar na inteligência cognitiva, como se esta fosse a única forma de acesso a uma vida digna. E, portanto, os autores como o citado, focam no desenvolvimento cognitivo e social, a partir, por exemplo a imitação que eles supõe que a pessoa com autista não pratica, todavia, especulo que esse seja um equívoco, pois de sua forma peculiar cada um atípico não só imita como também socializa com os que lhes dar real atenção e não o invadem.
Assim a maioria dos pais são levados a se colocar apenas, vigilante atento ao ser como quase nada (nem criança) preocupados com o futuro supondo  incapacidades cognitivas esquecendo que os testes de inteligência são padrões desassociados das emoções e portanto avaliam parte de nossa capacidade. E, então, a criança termina  sem acesso  a fantasia, sonhos, lúdicos e brincadeiras. Os adultos, parecem esquecer de que foram e têm em si mesmo  crianças, a se espantarem com a simplicidade do prazer no e do silêncio,  ou da brincadeira  estranha de fazer um cavalo voar, um carro nadar, um corpo infantilmente expressando emoção para além dos cinco sentidos simultaneamente. Não veem que em sua condições particulares as crianças com autismo, assim agem por não coordenarem tantas sensações  juntas, e portanto, aliviam-se nas estereotipias.  Por isso elas , possivelmente, se enrolam em lençóis, precisem estar tomados por água das piscinas, talvez assim  sintam uma informação de cada vez e aprendam a coordenar seu corpo, que por assim dizer, goza de corpo inteiro, desenhando seu corpo na alma.
Parece-me, então, não vigiá-los,  e sim apoiar a cada uma delas em suas peculiares, pois,   vivem em um só, de fato, biopsicossocioespiritual intensamente e precisam aprender a equilibrar tamanha riqueza, elas falam (com  o corpo todo) e entendem-nos ( através do corpo todo). E nós só os veremos e entenderemos a cada um deles, no atuar  amando e falando linguagem  das emoções  por essência  (amar). E  é por esta linguagem, mediada pela inteligência  emocional , que devemos entrar em contato  com todos os que assumem suas diferenças como as pessoas com autismo. 
 Enfim, elas servem-nos um enorme ensinamento no silêncio que fala,  o da contemplação da forma de viver da paz, através da homeostase (equilíbrio, deixado pelo Divino na natureza que a tudo ordena) e, como e onde, Deus define nosso destino de que tudo se ordenará para o seu louvor.
Temos, portanto, na fé, ter de viver através do amor. Vencer em nós cada traço egoísta e sermos humildes em aceitar as nossas diferenças, que nos faz belos por sermos únicos. Ou seja, amando  o que em nós odiamos,rejeitamos  ou indagamos, por que comigo? Temos  nessas formas de negação, ao aceitarmos o desafio, a porta para o real amor, amar o inimigo em nós mesmos e aceitarmos  inteligentemente que a emoção  do amor romperá, assim, o espectro. E  a criança  vendo você a aceitando  integralmente,  mais facilmente,  cortejará a vida, confiante em você, ambos, encontraram com a paz dele, a ciência, a paz e ciência, paciência.

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