sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

MÃE, NÃO A FUNÇÃO ESPOSA, INCESTO (PSICOLÓGICO) DO PAI: Como desautorizar-se ante o filho.

Auto desautorizando-se o pai, parece impor a cada filho seguir a si mesmo, como terceiro alternativa, de certo modo motivado por discórdia entre as propostas,  quando antagônicas, dos seu responsáveis, os pais ou quem faça as funções maternas e paternas.
Diante das tremendas dificuldades de desenvolvimento emocional no mundo pós moderno, como diria Bauman, quanto as relações "líquidas", poucos foram realmente filhos, para um dia desenvolver suficientemente bem o papel de esposo, pai e muito menos ser paternal.
Digo isso, considerando que ser genitor é fácil, pensando em germinar uma mulher, pois além de prazeroso é uma dádiva impar.Entretanto, enquanto manter um filho assumindo o papel de pai, corresponde apenas a ser provedor, ser responsável paternalmente, precisa-se estar disponível a "aprender a aprender" permanentemente, especialmente, em viver em companhia com a falta do seu próprio desejo satisfeito, ou seja, conviver com o próximo em suas diferenças, como ele é e, não como o desejamos, assim, ser paternal é frustrar-se conscientemente a si e, mesmo assim e por isso mesmo, amar apenas.
E assim sendo, sendo o paterno, nasce de uma necessidade de desenvolvimento emocional e não meramente crescer como homem e sim como humano. Neste sentido, na paternagem, os processos anteriores são necessariamente revistos, questionados e carregados de sofrimentos, faltas e carências tamanhas que justificam retorno a si, para não contaminar e ter consciência de seus antigos limites, agora atualizados, mas atentamente não deixa-los que atinjam aos filhos  com tamanhas dores.
Isso se dar apenas a aqueles que lutam para descobrir os prazeres de se ver em desenvolvimento perene e em paralelo com o seu filho e companheira. Assim, pode-se dar mecanismos para além da liberdade a independência daqueles, pois eles apenas precisam de nossa proteção.
Quero dizer, se tivermos sido também assim forjados para a independência ou nos permitir no processo do filho, através da proteção, ou seja, fomos favorecidos a desbravar nossos desejos e, acolhidos, sobretudo quando erramos e obtivemos estímulos necessários e encorajadores para seguir, melhor seremos para a vida dos filhos. Acatando que somos sempre errantes. 
Pois, assim, seguiríamos mais e mais responsáveis e então teríamos consciência do lutar, todavia, respeitosos aos nossos limites e, por fim entenderíamos a dignidade das diferenças, como nosso maior virtuoso tesouro. E não fugiríamos dessa diversidade através das mentiras sociais, por saber que todos  os diversos modos de vida são criados para mostra de modo sutil e harmônico que somos co-dependentes mutualmente e, só assim, evoluímos.
Portanto, estaríamos abertos a entender a mulher e o filho no traço, que são como diferentes modos de desenvolver o melhor em si, no peculiar sentido de bem estar e viver.
Então, não nos afastaríamos infantilmente se escondendo através da esposa querendo recuperar-nos da nossa carência materna quando as dificuldades surgirem-se, atuando psicologicamente incestuosamente, como se tivermos nossa esposa como mãe, confundindo a esposa e o filho que necessita de nossa força responsavelmente.  Onde deveríamos atuar fortes amorosamente, dando exemplo a cada filho, meios para eles imitarem-nos quando as dificuldades se apresentarem. Considerando que aprendemos por exemplos e assim, portanto, não dando mais argumentos para o sofrimento de cada filho.
Mas também, se agirmos, psicologicamente, como irmão mais velho, do nosso filho, causando a eles exemplos de fugar das suas dificuldades porque temos uma mãe "heróina"; ou, incestuosamente com as esposas, como carentes maternos perdemos possibilidade preservar o nosso papel de paterno e de esposo, levando-as a questionamentos do amor que ela espera de nós.

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