
Para entender tal vibração, tem-se que ir além do ouvir e escutar, deste, pois se faz necessário saber traduzir o código, ou seja, de alguma forma estar inserido na cultura do que se foi propagado, verbalizado ou outras tantas formas de expressão.
Esta é a razão que para se falar necessariamente,dá-se-nos um rico processo, qual pouco damos contar da preciosidade nas ondas sonoras, percebidas desde os poros, ouvidas, escutadas, entendidas como significativas, afetando-nos de maneira impar, emocionalmente, em suma, processos anteriores ao o comunicar, que sabemos muitas vezes infelizes, nos comunicamos até de forma vil.
Todavia, até entendida, pois diante de tantas sujeiras desinformações - devidas a tantas poluições não só sonoras, visuais, culturais etc. - que é provável que traga certas dificuldades contemporâneas - no tocante de seres verbais que não se apercebe de que cada dia somos mais forjados para relações cada vez mais poluídas sem sentido, para nos desnortear, ao ponto que tem crescido formas de respontas violentas às interações até com quem nós mesmos cativamos.
Parece que com a ensurdecedora velocidade das tecnologias somos levados a querer dessa mesma forma responder, no mínimo no compasso dos pensamentos sinápticos (por assim dizer) rápidos nas respostas para não nos comprometer com os sentidos e assim não alimentar sentimentos. É como se sabe, quem muito fala, muito tende a errar. Assim, ficamos menos afáveis.
Assim a cada momento paramos de entender o que escutamos e mais aceleradamente agimos imitando e reproduzindo ecos alheios aos nos mesmos, respondendo como máquinas prontas para apenas dizer sim, diferente as pessoas autistas, as quais lutam para que suas atipias acomodem suas necessidades e forcem suas satisfações. Nós ao contrário, usamos até o que não precisamos.
Basta observar a tantas manias e até posturas diretamente ritualísticas comportamentais freneticamente viciadas, ampliando a cada dia mais frieza e distanciamento do calor humanos, ficamos mais e mais em nossas cápsulas solitárias. Quem nos dirá quem somos? Sozinhos?
Estamos deixando de sermos nós mesmos.
Isso se dar mais ao frenesi dos teclados acelerando a distância afetiva e responsável pelos que cativamos. Calor mesmo apenas o das baterias que parecem ser o time da responsabilidade em cada relação.
Trocamos as palavras por siglas ou figurinhas que denotam nossas supostas emoções. Dizem que estamos em uma transição, será para o bater do coração virtual e artificial. As palavras sofrem onomatopeias reduzem não só a língua, mas todas a necessidade do outro.
Entretanto, nestes distanciamentos quando seus cultivadores, os cativos ou viciados são convocados a interação face to face perguntam-se to be or not to be eis a questão? Entretanto, como cada dia somos menos nós mesmos, pois a ideia e nos tirar o último sonho, que é viver em harmonia com aquele que dizem a nós mesmos, quem somos e partir dessa interação ampliamos da harmonia ao amor.
Então, parece que apenas sofremos, como se permanentemente diante de espelhos nos vemos nos outros apenas quando estamos online e quando descarrega a bateria, o offline nos acusasse, através do olhar e da língua do outro. E este outro não construísse nada além de uma babel em forma de muro nos separando porque nos assustamos com o que se diz de nós mesmos.
E não mais nos reconhecendo e entendemos agimos incomunicáveis, processando assim o princípio do fim, o caos a porta. A violência.
É assim, que as grandes marcas e ideias vendem-nos o que não necessitamos. Comemos o que nos destrói. Matamos o que nos ama. É assim que surge a relação objetal, onde o outro é meio e não o fim de todas as coisas. Assim se dá a comunicação violenta.
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Imagem, Créditos:
http://blog.maristane.com/2013/10/21/i-have-a-dream/
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