domingo, 4 de outubro de 2015

BIOPSICOSSOCIOESPIRITUAL - O ESPIRITUAL, o agregador dialético da inteligência emocional, único canalizador de qualidade de vida da condição humana.


Fechando o ciclo da pesquisa O Autismo que Estamos Falando,passamos pelo biológico, onde nas mães foram vistas as marcas do (des)etendimento da fala no corpo austista; devido a isso, fomos ao psicológico sofrido delas, creio, que por elas não se comunicarem com as expressões esteriotipadas, que são falas emocionais e montam uma comunicação rica de significado. E assim, o austismo pareceu-me interferir, de alguma forma, na interação familiar. E enfim, esse complexo, reverberado no social, onde a ainda, precária inteligência emocional tende a levar sofrimento tanto o austista como a sua família ,quando o autista não é visto como um ser biopsicossocioespiritual.
Nesta postagem, foi interrogado às mães questões existenciais, ou seja, o que chamo de espirituais, no tocante para além das demandas que nossa psicologia pode expressar. Foi interrogado sobre a gravidez, sobre os afetos sentidos, as esteriotipias percebidas, as evoluções e o que elas achava que eu deveria ter perguntado e não abordei. Na realidade, esta parte da pesquisa visou que as mães falassem sobre seus sentimentos que ultrapassam suas razões e percepções, ou seja, buscando colocar o meu inconciente em contato com a dela, no não dito.
Elas, quanto as gravidez cinco delas responderam que "Não foi planejada" , que somado ao ao fato que duas planejarão a gravidez e mesmo assim,  quanse todas "esperávamos um menino " (4 citaçações) e uma menina ( 3 citações) não só mostra uma contradição, mas sobretudo, que os pais, não necessarimente planejaram mas, se sentiram, através do livre arbítrio, com poder sobrenatural de determinar o desejo dos filhos.
E isto, será existencialmente confrontado com o dignóstico e também com a implicações das esteriotipias e meios de se relacionar dos filhos em seu modo intimamente único. Mesmo assim, três mães pontuaram, que as expressões afetivas dos filhos são "carinhosos", "beijos e abraços"  (duas citações). Mas que também, "afetos expressos comportalmente"  e "todas as expressões de crianças atípicas" ( ambas também duas citações), podem ser sinais de que os pais encontravam-se ainda conceituando que significaria uma ausência de projeto para o filho ampliado com o autismo.  
Estas duas últimas citações denotam ainda mais o determinismo do auto-amor de cada genitor em impor seus desejos sobre seus filhos, mas que natural, pois todos queremos o melhor para os filhos. Todavia, ninguém é igual a ninguém e o autista prova que somos cada um de desejos subjetivos, que precisam ser favorecidos e não barrados, ou seja, o filhote é um mensageiro da liberdade dos conceitos construídos socialmente: O da marternagem e paternagem que responde a regras do consumo, vejam as escolas que ensinam apenas para o trabalho, este que mais adoece o ser humano. O autista não se bitola a estas regras eles como um ser mais evoluído tem suas necessidades determinadas por seus desejos (campo hiper focal ) que é peculiar a cada autista espiritualmente, pois não nasce do determinismo dos pais e muitas vezes e averso a estes.
 Vejamos que o desejo dos pais nem é percebido, pois quando perguntado quais foram as esteriotipias percebidas precocemente  respostas como "Não responde(...)Não escuta (...) Pouca expressão e recepção (...)Fuga visual" baseados nas perquisas que dizem que estes comportamento são possiveis sinais de evitação ou de tentativas de equilibrar os estímulos intensos por eles sentidos, como "sons e barulhos" ( foram citadas por 3 mães); mas também são moduladores afetivos ( vejam que a fuga visual) pois pelo olhar falamos do espirito à alma. Enfim, estes dados  me fazem especular que os nossos autistas têm um determinismo espiritual acentuado, pois sabem se defender dos desejos, medos e frustrações dos pais e daqueles que não os buscam entender.
Estas atípias comportamentais também sustentam o que lhes falei da tentativa de equilibar as tantas manifestações que lhes atinge e que ao desenvolverem-se eles encontraram meios para funilar tantos estímulos: "Sem noção de perigo, Picos de raiva, Gritos,Mexe os dedos/mão, Balanços das mãos  discretamente" . Mas temos aquelas que eles não suportam e reagem como pode "Auto machucões", talvez tentando cessar o estímulo ou a reação reflexa dela; inclusive, também podem testar o amor daqueles que dizem o amar:"Machuca o pai/mãe" a fim de que estes possivelmente possam entender o que eles estão vivenciando internamente e sabem que estes não reagiram imaturamente o agredindo, pode ser por isso que  eles têm "Pouca relação com crianças".
Mas algo que é provocador é a pauta de evolução sentida por cada mãe entrevistada, desesperançadas nãos sei, mas sim de baixa percepção da condição humana biopsicossocialespiritual , pois suas inteligências emocionais parecem não tão treinadas porque apenas uma falou "são tantas ( as evoluções) que não consigo enumerar". As demais parecem submissas aos ditames socioambientais como se nós nos ressumissemos ao que esta sociedade doentia cria para a si próprio limitar, " toda e qualquer evolução é uma grande evolução (...) Socialização e falar ( duas citações cada), imitação e auto cuidado".
Claro, pode soar pedantismo de minha parte, mas para especular que precisamos evoluir para melhor inteligência emocional é preciso perceber que em nossa peculair condição humana, somos todos faltantes e, por isso, queremos que nossos autistas nos der certas satisfações. Mas, não achas que eles já são demasiadamente demandados pela natureza de sua condição peculiar? Temos mesmo que os sobrecarregar ainda mais? Isso não é sinal que nos estamos ainda imaturos? E se concordas, estas a meio passo de perceberes que estamos em desenvolvimento e esse processo é contínuo de aceitar que estamos sós e sem nada para a caminhada, vejo o fenômeno morte, doença, dor etc, podem até sentir conosco, mas nunca como nós. 
Inteligência emocional é saber lidar com as emoções que vivemos e somos envolvidos na condição humana que estamos em cada contexto. Um bom sinal de boa inteligência é não impor ou esperar que o outro nos retribua o que doamos, ou seja, amar sobretudo, as adversidades e perdas, onde amadurecemos quando não as evitamos e entedemos as suas informações e nos libertamos do falso amor egoista, tudo existe para nosso bem e, se fugirmos das dificuldades, sempre estarão lá nos esperando para ensinar algo e fazermos mais que nossos medos e limites.
Essas mães apesar de minhas construções críticas nascidas das vivências delas com seus autistas, ensinaram-me tanto que no final do questionário solicitei a elas perguntas que eu não fiz nos quatro blocos de indagações biopscissocioespirituais, e ao fazê-las, ficou mais nítido quanto elas são evoluídas em suas condições humanas e estão desenvolvendo suas inteligências emocionais.
Algumas delas denotando consciência das responsabilidades das políticas públicas, sobre  "Dinâmica da criança para além das atenções diretas dos pais, que meios que acessam cuidados no SUS( Sistema Único da Saúde), Plano ou particular; Que tipo de abordagem é pensada para o TEA;Psicanálise para os pais?Medicamento;O que ele gosta em lazer, e Queixas quanto ao tratamentos e educação acadêmica". Parecendo indagarem o que estão sendo ofertado para dar maior automia a pessoa autista, sobretudo, porque mesmo que elas não conceitue denotam que a questão do Espectro Autista é uma demanda biopsicossocioespiritual, ou seja, percebem a saúde como algo holístico e, carecendo de abordagem interdiciplinar e de conceito fincada na aceitação da diversidade de modo de viver e interagir na vida, mas que os direitos sim, estes que sejam iguais a todos e não que manipulem nossos desejos colocando-nos subordinados as alienações, do consumo e da aceitação de uma única estética ou maneira de vida.
Mas também, uma delas, posivelmente mais sensível pontuou, de alguma forma, que como me propouz a montar um perfil do austismo que estamos vivendo ou falando, ela pontuou minha megalomania nessa intenção, parecendo pontuar justamente que citei anteriormente, pois não existe um austismo, ou um espectro austista existem pessoas autistas. Ela consciente de que cada um autista é biopsicossocioespiritual e em evolução dialética, ou seja, que eles se redefinem como seres evoluídos que são. Elas fizeram-me perceber que agora tenho mais dúvidas e bastantes curisidades que são cada vez mais aguçada em contato com cada autista por ser imensamente os mais belos das condições humanas. Do que minha acertiva é que são nossa evolução.
Na suas condições humanas cada autista são mais adaptados a este mundo que imaginamos, apenas pelo simples modo de escolher com que se afetarem. Claro que enquanto não equilibram suas sensações, eles apenas captam tudo que lhes circurdam, mas não acolhem passivos, como toda a criança comuns, a vida que os pais lhes impõe carregados da fraquezas desses e são visivelmente seres belos em estética; e quando no social ampliado escolhem aonde se focar, mesmo que os testes de inteligência pre-modelados não os acompanhem, eles são melhores no que fazem; possuem melhores inteligência emocional e sua alma são puras, frutos de quem se comunica espiritualmente com todo o universo.
Mas essa relação holística e dialética do autista, quanto a sua inteligência emocional, poderemos ver na próxima postagem com a reflexão sobre o enquete referente ao chorar diante do austista.






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