Retomando aos apontamentos a partir da Obra do colega Thomas L. Whitman, O Desenvolvimento do Autismo, livro que foi objeto de um concurso aqui no o blog Olhar Azul, cheguei a me provocar por algumas ponderações e provocações, que seguem aqui e em outras postagens.
O colega, chegou a afirmar que um possível diagnóstico da-se pelo menos pela "observação direta de uma criança (...) e entrevista com indivíduos que a conhecem bem".
Para mim, isso é muito pertinente, todavia, além do fato de que a obra não foca em relatos dos próprios autistas, estes que melhor, até que as pessoas próximas, eles podem apontar bases para melhor entendimento biopsicossocioespiritual do espectro.
Além disso, eu também, penso que acolher relatos das mães tem sido um propenso facilitador, de dizer, que os filhos são os sintomas dos pais, como preconiza os psicanalistas.
O que não posso me vetar de ratificar, que sempre pontuo quanto a essa visão psicanalítica, essa tese não é culpabilidade contra os pais e, sim, que é necessariamente o discurso da mãe, por exemplo,que vem carregado por todo sofrimento dela. O que dificilmente, para um acolhedor não treinado, será imperceptível onde termina a dor da mãe e inicia a do filho.
O que não posso me vetar de ratificar, que sempre pontuo quanto a essa visão psicanalítica, essa tese não é culpabilidade contra os pais e, sim, que é necessariamente o discurso da mãe, por exemplo,que vem carregado por todo sofrimento dela. O que dificilmente, para um acolhedor não treinado, será imperceptível onde termina a dor da mãe e inicia a do filho.
Elas, mais que os cuidadores, não são propensas a se defender empaticamente, pois sua relação com o filho autista é mediado, inevitavelmente, pela afetação, o que provavelmente impede o afastamento amável do profissional de escuta e observação treinada e científica.Pois, o social empurra às mães a amarem de forma, por assim dizer, por vezes errônea e cegamente, quando não passa pelo crivo da inteligência emocional.
Eu sinto isso, como verdade, a cada acolhimento de mães não só de autistas, mas elas, são tão atadas ao sofrimento mais até que aos filhos, tanto que querem sentir a dor dele, como se subtraíssem o sofrimento dele ou, assim agindo entendessem o padecer e, quem sabe os tirem daquele sofrer.
Mas, nesse contexto, entra em cena a segunda parte dessa breve reflexão. O autor, concorda que muitos autistas, desde que foram tirados dos programas de privação social, tipo os manicômios, têm oportunidades de desenvolverem suas virtudes, deixando "os clássicos sinais" do que ele chama de "transtorno", desde que "tratados precocemente".
Entretanto, o próprio autor concorda que o tratamento tem de ser desenvolvido interdisciplinarmente e multi focal. E neste contexto, a família e sua história de vida (anamnese) deve ser bem elaborado considerando, sobretudo, os possíveis limites devido a vícios relacionais ( as diversas maneiras de proteger exageradamente) que potencialmente favorece sofrimento da mãe e abandono desta e infantilização e abertura para reais transtornos psíquicos e até psiquiátricos do filho autista.
Digo isso, pensando que se os autistas não fossem afetados, de certo modo, com os medos que as faltas vivenciadas provocam à família e, se esta encarasse seus limites, poderia o filho autista perceber-se faltante e teria possibilidade buscar sanar essa falta, portanto, lutar para alcançar ou aprender saciar seus desejos, para além das necessidades básicas que são supridas pela família.
Pois, ninguém, nem os autistas necessitam dos limites psicossocioespirituais dos pais, já lhes bastam os limites biológicos, quais suponho provocar as estereotipias e reações adversas aos diversos estímulos, que variam de um ao outro, como acontece a todos nós, que somos sempre, diferentes.
Então algo a ser trabalhado, sistematizado e valorizado é o discurso do próprio autista; a observação deles já após diagnóstico e prognóstico; algumas formas de relacionamento intra familiar que podem ser chamados vícios nas relações de superproteção infantilizada e, assim, portanto, trabalhar a inteligência emocional de toda a família para se definir melhor onde começa o desejo advindo da falta de cada um neste ambiente, e disso todos desenvolverem-se, como todos nós que precismos, isso não é necessidade exclusiva do autista.
Mas tudo isso da-se sem, necessariamente, sabermos quais são nossas faltas, destas nascem os desejos de cada um. E se não perceber elas
, colocamos nossos limites intransponíveis, simplesmente porque não são nossos. Nos ensinaram e vamos ensinando aos nossos. E quanto temos alguém supostamente, ou limitado mesmo, sem querer o colocamos como marca de nossos medos que inibe evoluções.
Então algo a ser trabalhado, sistematizado e valorizado é o discurso do próprio autista; a observação deles já após diagnóstico e prognóstico; algumas formas de relacionamento intra familiar que podem ser chamados vícios nas relações de superproteção infantilizada e, assim, portanto, trabalhar a inteligência emocional de toda a família para se definir melhor onde começa o desejo advindo da falta de cada um neste ambiente, e disso todos desenvolverem-se, como todos nós que precismos, isso não é necessidade exclusiva do autista.
Mas tudo isso da-se sem, necessariamente, sabermos quais são nossas faltas, destas nascem os desejos de cada um. E se não perceber elas
, colocamos nossos limites intransponíveis, simplesmente porque não são nossos. Nos ensinaram e vamos ensinando aos nossos. E quanto temos alguém supostamente, ou limitado mesmo, sem querer o colocamos como marca de nossos medos que inibe evoluções.
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