Não sei se há falta de sentimentos semeados nesta sociedade, ou falta sentir o outro? Se falta, como brotará amor e harmonia, frutos do bem estar biopsicossocial e espiritual?
Estes bens quando regados nascem germes de uma sociedade evolutiva e não depressiva. Entretanto, muitos buscam se isolar, como assemelhando-se aos autistas, pudessem, assim se proteger de seus medos.
Porém, o autismo pode ser para os genitores motivos de felicitações, pois se o autista interage com baixa relação afetiva, da-nos oportunidade de humildemente entender o porque eles se comportam atipicamente e, assim, podemos compreender a sua diversidade e condição humana.
Refiro-me aqui, apenas, aos pais destas lindas expressões de vida biopsicossocial e espirituais, que envolvem ou confundem seu sofrer com um suposto padecer dos filhos. Todavia, sabe-se da complexa dinâmica em lidar com eles e, sobretudo, porque as mudanças subjetivas destes, são pouco observadas e muito menos vividas pelos seus genitores.
Não seria leviano indicar que, aos pais e cuidadores, se faz necessário a auto aceitação, para não negar o direito do filho de ser ele próprio, alegando a suposta escassez de tempo para viver as fases de desenvolvimento deste; restando a imposição aos professores em o educar; e a solicitação dos profissionais para o curar, adestrar o comportamento e extinguir as estereotípicas, sem ao menos indagar se estas expressões são ou não estruturantes para o filho.
Mas em suma, os autistas quase sempre pouco precisam de nós, eles nos acusam que são os seus genitores que precisam aprender a serem pais e mães, mas como se-lo, se eles nem filhos foram?
Cabe, novamente, salientar que me refiro apenas aqueles que já sofrem mais que jubilam, por ter um filho nesta condição humana, que é ser abençoado como autista.
Eles querem apenas que traduzamos e realizemos seus desejos e percepções e não que os desejos dos adultos os invadam e os empurrem para o interior deles mesmos.
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