sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Psicodrama: Moreno, ajuda a mostrar como no social aprendemos a mentir. Do biopsicossocioespiritual, a dimensão mentirosa

Dando continuidade ao biopsicossocioespiritual, chegamos ao social onde somos menos verdadeiros, e temos que deixar a mentira para evoluir. No psiquiatra norte americano J. L. Moreno, os papéis sociais, como o do pai, mãe e filho faz-nos refletir como lidar com o autismo de maneira mais verdadeira.
Moreno, em sua Psicodrama, diz “o desempenho dos papéis é anterior ao surgimento do eu. Os papéis não emergem do eu; é o eu quem, todavia emerge dos papéis”. Fica, assim, nítida a imposição social dos genitores, determinando seus sonhos sobre a vida psicossocial do filho.
No caso do autista também é assim, mesmo que os comportamentos atípicos expressem liberdade, e quando diagnosticado temos de estar atento na sociedade para não o colocar como doente através de nosso sonho frustrado e em desespero deseja-se cura.
Mas, imaginemos a agressividade e adoecedor tantas especialidades, quase todos, tratando os autistas como cobaias.
Todavia devemos barrar esse adoecer, senão, não se percebe que devemos ir ao mundo do autista sem o rotular e dar a ele apenas o papel de filho como qualquer outro, ou então, impomos ao filho nosso desespero e sofrimento. Essa nossa dor , não só remonta nossos sonhos frustrados com o autismo, mas também, os pais revivem suas faltas de quando filhos.
Ainda segundo Moreno, “Antes e imediatamente após o nascimento, o bebê vive num universo indiferenciado (...) a matriz da identidade (...) lócus donde surgem, os papeis”. Papéis dados pelos pais, imersos em sonhos compensadores de suas faltas revividas diante do autismo, que diante dele não conseguimos deixar de ter sentimentos complexos e, nessa confusão somos levados a sentimentos que não sabemos nomear.
Geralmente essa falta de nome deriva de dúvidas de medo, culpa raiva, impotência etc. e assim podemos perceber o autismo, no plano social, como doença. Mas, sabe-se que todo  filho é o ponto fraco dos pais, pois denunciam as mazelas intimas do casal.
Assim, temos que ver o nome que damos ao “autismo”, que como qualquer outra realidade psicossocial, temos os dilemas para desenvolver nossas potencialidades em viver amando o que estamos sendo, uns autistas, outros esquizofrênicos, usuários de drogas, violentos, ou depressivos(...), enfim todos temos os dilemas a evoluir, pois tudo são possibilidades de exercitar nossa vitalidade. Temos que lembrar dos nossos limites, que precisamos um do outro amparados e amados.
Para concluir o social, temos que nomear o autismo, pois os pais desejam se eternizarem nos filhos. Então, é indispensável que atentemos para não os colocar no lugar de nosso sofrimento, este que se alimenta dos preconceitos e discriminações sociais. Sobretudo, porque se eles inconscientemente, lembram nossos limites, devíamos  agradecê-los, pois sempre temos a evoluir.


Se evolui percebendo como ele está sendo, no mundo dele, assim ele pode aceitar o nosso. Assim, temos que nos apresentar sem nossos limites, porque o autista vive verdadeiramente, mas o social não está preparado para a verdade, dela os pais têm quer serem mensageiros, ela expressa o amor incondicional à diversidade humana.

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